A desvalorização dos bens públicos de telecomunicações: Um ataque ao patrimônio do Brasil
01-10-2024
Estamos diante de um dos maiores golpes contra o patrimônio público brasileiro. A desvalorização dos bens reversíveis, que deveriam retornar ao Estado ao final das concessões de telefonia, está gerando um prejuízo bilionário para o país. Esses bens, que pertencem à União, estão sendo desvalorizados de forma intencional para beneficiar grandes empresas privadas, como a Oi e sua subsidiária V.Tal, comprometendo a soberania nacional.
Por que isso importa?
Os bens reversíveis são ativos estratégicos que incluem imóveis, infraestruturas e equipamentos de telecomunicações, essenciais para garantir o acesso à comunicação em todo o Brasil. O que deveria ser investido em serviços públicos e na ampliação da infraestrutura de telecomunicações está sendo vendido por valores irrisórios. Nos últimos anos, houve uma redução de quase 75% no valor estimado desses bens, favorecendo grandes conglomerados. Enquanto o patrimônio do país se esvai, essas empresas lucram, com o que deveria ser revertido para a população.
Além disso, o Ministério das Comunicações e a Anatel estão prestes a concretizar em definitivo, até meados de outubro, o acordo que facilitou essa desvalorização. Se isso ocorrer, o país perderá bilhões de reais em ativos públicos, entregando-os às empresas sob condições extremamente vantajosas para o setor privado.
O que está em jogo?
A venda subvalorizada desses ativos representa uma perda direta para o Brasil. Em vez de investir em melhorias para reduzir as desigualdades digitais e expandir o acesso à internet e telefonia em áreas vulneráveis, o país está entregando seus recursos nas mãos de grupos privados, comprometendo nossa soberania e o futuro das telecomunicações.
Precisamos agir agora
Exigimos que o governo e os órgãos de controle, como a CGU, o Ministério das Comunicações e a Anatel, revoguem imediatamente os acordos que favorecem essa desvalorização artificial e garantam uma gestão transparente e responsável dos bens reversíveis.
As organizações da sociedade civil entendem que é fundamental a participação e o parecer da CGU nesta reta final dos processos envolvendo acordos que, a despeito de terem sido aprovados pela ANATEL e Ministério das Comunicações e validados pelo TCU e AGU, têm pareceres contrários por parte do órgão técnico de auditoria do mesmo tribunal e do Ministério Público. O Brasil não pode permitir que seu patrimônio seja entregue a interesses privados às custas da soberania nacional e do dano ao erário público.
Assine este manifesto e lute conosco pela defesa do patrimônio público e do Brasil!
Junte-se à nossa causa! A hora de agir é agora. O futuro do país está em jogo, e precisamos de sua voz para impedir essa perda irreparável.
Organizações que assinam o manifesto:
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ALMA Associação de Moradores da Lauro Muller, Ramon Castilla, Xavier Sigaud e Adjacências
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Aqualtune Lab
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Associação Catarinense de Defesa dos Direitos dos Consumidor e da Mulher
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Associação Comunitária dos Moradores do Conjunto Luiz Pedro III
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Avant Garden
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Coletivo Digital
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data_labe
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DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia
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FITRATELP
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Idec – Instituto de Defesa de Consumidores
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Instituto Aaron Swartz
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Instituto Lidas
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Iniciativa Educação Aberta
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Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
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Instituto Bem Estar Brasil
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Instituto Nupef
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Instituto de Referência Em Internet e Sociedade – IRIS
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Instituto Telecom
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Pimentalab – Laboratório de Tecnologia, Política e Conhecimento da Unifesp
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Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro / Senge RJ
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SINTTEL DF
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SINTTEL – Rio
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Sinttel – RS
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SINPRO NNF
Indivíduos que assinam o manifesto:
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Abilio Valerio Tozini
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André Eduardo dos Santos
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André de Oliveira Luz
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Antonio M. P. Coelho (Coletivo Farpa)
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Acassio Borges e Silva
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Admirson Medeiros Ferro Júnior
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Adriana Moraes da Silva
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Aldebaro Klautau
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Alexsander Ferreira Avaly
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Aline Lima da Silva (IBEBRASIL)
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Bia Barbosa (DiraCom)
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Clovis Francisco do Nascimento Filho (Senge-RJ)
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Daniel Fernandes
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Doraci Zenaide Barbieri (Sinttel Rio)
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Domingos da Silva Pereira
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Diólia de Carvalho Graziano
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Edmea santos
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Eric Menezes Noronha
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Geraldo Almeida (Sinttel Rio)
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Harry JF Camargo
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Henrique Mohr
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Ingo Muller (Fitratelp)
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Irani Viana Magalhães Schramm (SINTTEL-RIO)
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Itamar Prestes Russo
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Jefferson Rodrigues de Oliveira
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João Maria Varela (Membro do Conselho Nacional de Usuários da Vivo)
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Jorge Luis Trindade
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José Bezerra Sobrinho
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José Drumond Saraiva
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José Vitor Pereira Neto (Aqualtune Lab)
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JUAN JOSÉ RODRÍGUEZ SÁNCHEZ (SINTTEL-RS)
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Julio César de Melo Ferraz
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Luiz Fernando Gonçalves da Silva Araújo (Universidade Federal de Goiás – UFG)
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Marcello Miranda Sampaio Correa
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Marcia Miranda Sampaio Corrêa
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Márcio Patusco Lana Lobo
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Marco Túlio de Oliveira
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Maria Alice Fernandes Braga
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Maria de Barros Lima
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Maria Marcia Buss de Sousa
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Marilda da Silva Fidalgo
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Maristela Midlej Silva de Araújo Veloso (UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA)
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Mauro Miranda Sampaio Correa
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Mauricio Dutra Garcia
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Nelson Pretto (UFBA Faculdade de Educação)
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Nilcéa Sales Rangel Almeida
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Paula Sabino Doreto
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Paulo Castiglioni Lara (Programa de Pós Graduação em Informação, Comunicação e Saúde)
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Polinho Mota
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Renaud Pierre Leenhardt
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Ricardo Roberto Moraes da Cunha
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Rodrigo Mariano Rosa (Senge RJ)
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Rubens Sousa Almeida
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Samir Pavanelli Issa
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Sérgio Francisco Pinto
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Sergio Rosa
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Tiago Juliano Ferreira
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Vinicius M. Porto